Tema da Campanha para a Evangelização 2025 foi escolhido por Denner Macedo da Diocese de Macapá

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“Hoje, é preciso que eu fique na tua casa” é o tema da Campanha.

MANAUS (AM) – Por Vívian Marler | CNBB Norte 2

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) definiu o tema que norteia a Campanha para a Evangelização (CE) 2025 “Hoje, é preciso que eu fique na tua casa” (Lc 19,5). A escolha do tema não apenas resgata o chamado fundamental da fé, mas também destaca a contribuição direta da base da Igreja, com a sugestão vinda de um leigo da Amazônia.

O tema foi sugerido por Denner Willian de Macedo, da Diocese de Macapá/AP, por e-mail, em 24 de novembro de 2024, e foi acolhido pelos bispos durante o Conselho Episcopal de Pastoral (CONSEP). A escolha de Denner William aponta para uma prioridade pastoral clara para os próximos anos.

A Casa como Símbolo de Acolhida e Superação do Isolamento

A frase de Jesus, dirigida a Zaqueu, ganha um significado profundo no contexto atual. O foco na “casa” reforça a importância da acolhida de Jesus na interioridade de cada pessoa e, crucialmente, na abertura da casa aos irmãos. Este chamado é visto como uma resposta direta ao isolamento social imposto pela pandemia da COVID-19, que fomentou uma “lógica de isolamento social que serve ao paradigma tecnocrático: cada um por si”.

Denner Macedo | Foto: Divulgação CNBB Norte 2

A CE 2025 é um elo estratégico que conecta a Campanha da Fraternidade (CF) de 2025, focada em Ecologia Integral, à CF de 2026, que tratará da Fraternidade e Moradia. A jornada proposta conduz os fiéis da reflexão sobre a “Casa Comum” para a intimidade e acolhida na “casa de cada um”.

Além disso, o tema antecipa as discussões para as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, que devem priorizar as pequenas comunidades de discípulos missionários.

Estrutura e Destino dos Recursos da Campanha

A Campanha para a Evangelização, instituída em 1998, ocorre anualmente entre a Solenidade de Cristo Rei e o 3º Domingo do Advento, data da Coleta Nacional. Os recursos arrecadados são distribuídos em três esferas, garantindo a sustentação da missão em todos os níveis:

* 45% permanecem na (Arqui)diocese de origem, subsidiando a ação missionária local.
* 20% são destinados ao respectivo Regional da CNBB, para estruturas de evangelização e formação.
* 35% são enviados à sede nacional da CNBB, em Brasília, para sustentar Comissões Episcopais e iniciativas nacionais.

Pistas de Reflexão: O “Hoje” da Conversão

A passagem bíblica de Lc 19,5, que narra o encontro em Jericó, oferece ricas pistas de reflexão para os fiéis:

1. Jericó e Zaqueu: A cidade representa a última chance de encontro com Jesus antes de Jerusalém. Zaqueu, apesar de sua “baixa estatura moral”, precisou ir além, subindo em um sicômoro — a única árvore citada no Jardim do Paraíso — para ver Jesus. Isso simboliza a necessidade de ir além da mera leitura da Escritura, transformando a Palavra em gesto e atitude de conversão.
2. O “Hoje” Eterno: A palavra “Hoje” carrega um sentido escatológico, sendo o dia da salvação sempre presente na vida dos fiéis. O texto base recorda outros “Hojes” no Evangelho de Lucas, como o nascimento do Salvador (Lc 2,11) e o cumprimento da Escritura (Lc 4,21), reforçando que o Reino de Deus se manifesta no presente.

Denner Macedo, abaixo, relata a alegria de ter a indicação do seu tema, escolhido para a Campanha de Evangelização 2025.

“No início deste ano, fui agraciado com um convite que ecoou profundamente em minha caminhada de fé partilhar com as lideranças da Paróquia Nossa Senhora do Brasil, em Porto Grande-AP, uma reflexão sobre a evangelização que fosse além da perfeição. O padre Adventinus Nandus, da Congregação do Verbo Divino, me instigou a falar sobre a beleza de sermos amados por Jesus, apesar de nossas inevitáveis fragilidades e pequenez.

Para ilustrar essa mensagem, voltei-me à narrativa de Zaqueu, em Lucas 19. Pensei em como aquele homem, chefe dos cobradores de impostos, socialmente excluído e fisicamente baixo, nutria um desejo ardente de ver Jesus. Ele se esforçou, subiu em um sicômoro, mas o milagre maior não foi ele ver Jesus, e sim Jesus vê-lo primeiro. O encontro culmina com a graça inaudita: “É preciso que eu fique hoje em tua casa.” Ali, na casa do “pecador”, acontece a conversão, a restauração. Onde abrimos nossa morada, Jesus se encarrega de habitar.

Essa vivência me moveu. Senti a necessidade urgente de compartilhar essa luz. Em uma conversa com nosso bispo, Dom Pedro Conti, expressei meu desejo de que essa mensagem de acolhimento fosse amplificada. Ele, com sabedoria pastoral, aconselhou-me a formalizar e encaminhar a ideia à Secretaria Nacional da CNBB. E assim o fiz.

Com o coração cheio de esperança, redigi o il. Sue-mageri que a Campanha da Fraternidade de 2026 pudesse se inspirar no acolhimento de Zaqueu, propondo o tema: “Fraternidade e Acolhimento Fraterno” e o lema: “É preciso que eu fique hoje em tua casa.” (Lc 19,5). Reforcei que há tantos irmãos e irmãs afastados da Igreja — seja por falta de um bom testemunho, por decepção ou por desinformação — que anseiam por um amor sem julgamentos, um amor que os convide à conversão verdadeira.

Minha dedicação à leitura do Evangelho de Lucas, focada naquele encontro transformador, me impulsionou a buscar esse contato.

A resposta que recebi, endereçada ao querido Dom Ricardo Hoepers, confirmou a ressonância da mensagem. Embora a sugestão tenha sido direcionada, compreendi que o núcleo da minha proposta — o convite ao acolhimento — se encaixava perfeitamente na Campanha para a Evangelização, aquela que prepara o Advento. Fiquei imensamente feliz ao saber que minha reflexão provavelmente seria o tema da Celebração da Evangelização deste ano.

Sinto uma alegria profunda por ter contribuído, mesmo que de forma singela, para a reflexão da CNBB. A lição de Zaqueu permanece: a todo momento, Jesus deseja entrar em nossas vidas. Meu conselho final, ecoando a experiência de subir na árvore, é: não tenhamos medo de sair do nosso conforto ou dos nossos desejos limitados para experienciar Jesus em nossa casa e em nossa comunidade!”

A escolha de um tema vindo de um leigo como Denner William sinaliza o desejo da CNBB de envolver a comunidade fiel, incentivando-a a dar passos concretos no seguimento de Jesus, abrindo as portas de suas casas e corações.

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(01/12/2025)